Ter uma ou bem mais crises de pânico não dá para se definir uma desordem do pânico, mas, na ausência de uma intervenção previa aquele que sofra de 2 ou 3 destes episódios, acaba por vir a padecer de desordem do pânico.
O motivo é compreensível, a experiência é tão aterradora que, prontamente a pessoa começa a preocupar-se, de uma forma insistente, com a possibilidade de ter uma nova crise e de lhe acontecer algo de terrível na sequência de uma crise de pânico (como morrer, enlouquecer ou até perder os sentidos). Quando isto ocorre já estão reunidos os critérios para se definir a condição como sendo uma desordem do pânico.
O QUE É PÂNICO E AGORAFOBIA? – Ao pânico, rapidamente se associa uma outra perturbação: a agora fobia. O pânico, através das suas características – tensões súbitas, inexplicáveis, surgidas do nada – requer uma justificativa racional!, como aquele que procura sempre encontra… as causas supostamente mais claras prendem-se com a saúde física: é um problema no coração, é o descontrolo da loucura, é uma ruptura de açúcar no sangue que o vai fazer desmaiar de repente… E se tornar a acontecer, como é que pode ser socorrido prontamente ou procurar ajuda? Bem, se estiver numa autoestrada, de onde não existem escapatórias durante alguns quilômetros, ou numa ponte, será difícil ser resgatado a tempo, pensa.
O mesmo se passa em locais com muita Pessoas que, ainda por cima, geram uma condição de “inundação sensorial”, capaz de fazer reagir o organismo menos sensível. E locais fechados, como um cinema, teatro ou até sala de espetáculos, em que seja difícil chegar à porta e sair se, a qualquer instante o corpo tornar a dar sinais de que o vai atraiçoar.
Assim, os locais de onde ocasione difícil ou até embaraçoso sair, em caso de necessidade, tendem a ser evitados, bem como os locais onde já se trouxeram crises de pânico, pois ficam associados, de uma forma traumática, aos maus momentos que lá se decorreram.
O QUE É PÂNICO E AGORAFOBIA? – Quando se instala a desordem do pânico com agora fobia o impacto na qualidade de vida é brutal: enquanto que, em fases iniciais e muito mais suaves, as pessoas “apenas” se veem desconfortáveis em suas próprias atividades comtianas, hipervigilantes ao meio que as circundam e aos seus sinais corporais, em situações muito mais avançadas, o seu raio de ação vai encolhendo, a sua vida social também e expandem os condicionalismos àquilo que se sentem capazes de realizar.
Coisas tão simples, para a maior parte de nós, como uma saída de amigos, ou ficar em casa sozinho – a um ponto incapacitante de uma vida normalmente sem limitações, no extremo desta desordem, se encontra pessoas que dificilmente conseguem sair de casa, local que muitos consideram seguro, ou até que são incapazes de realizar seja o que for sem a presença de uma pessoa que considerem de confiança.
Seja a Síndrome do pânico, ou seja, a agora fobia são desordens e distúrbios progressivos: sem tratamento eficaz, irão piorando. 2,7% de pessoas, em qualquer ano, padecem desta perturbação o que, só em Portugal, resulta em Aproximadamente de 280 mil pessoas afetadas (cerca de o dobro de mulheres).
O QUE É PÂNICO E AGORAFOBIA? – É uma perturbação, que se instala na juventude (finais da adolescência, início da idade adulta), mas existem casos que começam em quaisquer idade
Esta desordem tem, por muitas vezes, companhias indesejáveis, sendo as bem mais frequentes a depressão, a perturbação obsessivo-compulsiva e a perturbação da ansiedade disseminada.